Pelo quinto ano consecutivo, a Portos do Paraná marcou presença na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), representando o setor portuário global. Nesta 29ª edição, realizada no Azerbaijão, o evento destacou práticas relacionadas a ESG (Ambiental, Social e Governança), reunindo líderes e especialistas para debater iniciativas climáticas e socioambientais.

O diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, conduziu dois painéis nesta quarta-feira (13), apresentando os programas desenvolvidos pela empresa no litoral paranaense que integram sustentabilidade, inovação e transformação social.

No painel intitulado “Liderando no território: ação para tratamento de efluentes em pequenos vilarejos”, Santana apresentou os sistemas ecológicos de saneamento implantados nas casas da Ilha de Eufrasina. A ação, realizada em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem gerado resultados positivos na proteção de nascentes e na redução de dejetos.

“Na última pesquisa realizada em outubro deste ano, a universidade constatou que os sistemas implantados chegam a reduzir até 93% dos dejetos lançados nas águas, comprovando a eficiência do projeto”, destacou Santana.

Além disso, foram mencionadas iniciativas de capacitação para as comunidades locais, como cursos gratuitos para formação de guias de pesca esportiva e aulas de inglês voltadas para atender turistas de cruzeiros. Essas ações buscam diversificar as fontes de renda e melhorar a qualidade de vida no litoral.

“O objetivo dos cursos profissionalizantes é melhorar a qualidade de vida nas vilas e comunidades, além de permitir uma mudança na matriz econômica para as pessoas. Também abordei a cessão de uso não onerosa de uma área para o grupo escoteiro do mar de Antonina, fazendo com que o Porto seja um dos agentes de transformação positiva do território no qual está localizado e compartilha espaço”, explicou Santana.

CONSTRUINDO FLORESTAS

O segundo painel, “Um porto construído florestas: descarbonização, restauração florestal, sequestro de carbono e prevenção de sedimentos com redução das atividades de dragagem”, detalhou os esforços da Portos do Paraná para mitigar impactos ambientais. Entre os destaques está o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que promoveu a recuperação de 40 hectares de floresta em Antonina, equivalente a 40 campos de futebol.

“Com a parceria junto aos pequenos agricultores, a ação sequestra carbono da atmosfera, regenera a floresta, atrai a biodiversidade e traz soberania alimentar aos envolvidos com uma nova perspectiva de renda. Outra vantagem são os sedimentos que deixam de ser transportados para dentro da baía, diminuindo a lixiviação e, consequentemente, permitindo entender a diminuição da necessidade do uso da draga futuramente nos portos”, explicou Santana.

Ainda no painel, o diretor apresentou o plano de descarbonização em desenvolvimento pelos portos paranaenses, conduzido em parceria com a Fundación Valenciaport, referência mundial em pesquisa e inovação no setor portuário.

Outra medida relevante mencionada foi a inclusão de critérios sustentáveis no regulamento de Programações, Operações e Atracações de Navios. Embarcações com matrizes energéticas voltadas à redução de emissões de gases de efeito estufa têm prioridade de atracação nos portos do Paraná, incentivando práticas mais limpas no transporte marítimo.

Além de Santana, a delegação da Portos do Paraná contou com a participação do diretor de Manutenção e Engenharia, Victor Kengo, e do coordenador de Monitoramento e Qualidade, Vader Zuliane Braga. A presença na COP reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a liderança em práticas que aliam crescimento econômico e preservação ambiental.