Cidades do litoral receberão rochas da Pedra da Palangana para pavimentação 26/10/2021 - 18:42

Prefeitos de sete municípios do Litoral do Paraná se reuniram, nesta segunda-feira (25) com o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; o diretor geral do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná, Fernando Furiatti; e com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, para planejar como será feita a retirada de rochas, resultado das obras de derrocagem da Pedra da Palangana, no canal de acesso ao Porto de Paranaguá. 

Serão atendidas as cidades de Pontal do Paraná, Morretes, Paranaguá, Matinhos, Guaratuba, Guaraqueçaba, Antonina e Guaraqueçaba. Cada uma receberá aproximadamente 3 mil metros cúbicos de material, que poderá ser usado em melhorias de pavimentação.

“Ao todo, são mais de 20 mil metros cúbicos de rocha, que estão sendo retirados e britados. A intenção é melhorar as vias municipais, dando mais conforto para os moradores de todo o Litoral.”, destaca o secretário Sandro Alex.

As prefeituras farão a retirada e o transporte do material, com exceção de Guaraqueçaba, que receberá apoio logístico do DER. A parceria envolve ainda a empresa pública Portos do Paraná, responsável pelas obras de dragagem por derrocamento.

“Agradeço à equipe do porto que está trabalhando de maneira célere para que essa distribuição aconteça até o final do ano. Sabemos que a retirada das partes mais altas da Pedra da Palangana dará mais segurança à navegação e, com esta parceria, estamos beneficiando não só o porto e seus usuários, como também a população”, completou Sandro Alex.

O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, destacou a importância da entrega e agradeceu em nome de todos os prefeitos. “A distribuição desse material aos municípios do Litoral é extremamente benéfica. Além das melhorias na infraestrutura das ruas, a remoção da Pedra da Palangana permite aumentar o calado do nosso porto e, assim, evitamos de perder navios de grande porte para outros estados”, conta.

Estiveram presentes na reunião os prefeitos de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes Filho; de Matinhos, Zé da Ecler; de Guaratuba, Roberto Justus; de Guaraqueçaba, Lilian Costa Ramos; e de Antonina, Zé Paulo. Também participaram o deputado estadual Michele Caputo; o diretor de operações do DER, Alexandre Castro Fernandes; e o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.

 

O QUE É? – No último dia 19, a Portos do Paraná iniciou a etapa de remoção das rochas dos pontos mais rasos da Pedra da Palangana. O trabalho está sendo feito com o auxílio de uma draga mecânica. Os pedaços removidos são levados ao canteiro da obra para a britagem. Ao final desse processo, as pedras serão doadas a municípios do Litoral paranaense. A derrocagem da Pedra da Palangana visa dar mais segurança para a navegação e para o meio ambiente, com a remoção dos pontos mais rasos do complexo de rochas subterrâneas.

Com a remoção de apenas 12% do total da Pedra, o risco de encalhe de navios e desastres ambientais será minimizado. Estão sendo removidas seis partes de pontos rasos do maciço de rochas, que somam 22,3 mil metros cúbicos em volume. A menor delas tem 361 metros cúbicos e a maior 8 mil. As rochas são parte do complexo conhecido como “Pedra da Palangana” e estão localizadas no canal principal de acesso ao Porto de Paranaguá, o Canal da Galheta, um pouco à frente do Terminal de Contêineres.

O desmonte de cada maciço está sendo realizado de forma separada. O procedimento acontece da seguinte forma: uma embarcação perfura vários pontos nas rochas para instalar os dispositivos de desagregação que irão fragmentar as rochas.

Antes da instalação, são adotadas medidas de mitigação dos impactos sobre a fauna, que incluem o mergulho de especialistas para verificar se existem peixes ou outros animais marinhos. Nessa fase, também são utilizados dispositivos acústicos (pingers) para repelir golfinhos e botos do local.

O passo seguinte é a instalação de uma cortina de bolhas, que reduz o impacto da explosão e impede a reaproximação dos animais. O equipamento é como uma mangueira, preenchida com ar, e é instalado ao redor do maciço a ser desmontado, isolando a área.

Antes da detonação, os mergulhadores permanecem espaçados para continuar a verificação da área. Somente após todas essas etapas, os dispositivos de desagregação são acionados, de forma sequencial, para reduzir os impactos da detonação.

Depois disso, uma draga mecânica equipada com guindaste e grab (concha) ou escavadeira recolhem os pedaços menores das rochas e os depositam em uma barcaça com cisterna. Já em terra, as rochas serão recicladas através de britagem e poderão ser usadas em obras nas cidades do litoral.

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